O que a pandemia fez com a gente? A Lóren, profissional de mídia aqui da Incomum, dividiu com a gente as suas reflexões sobre a pandemia e o comportamento das marcas e da agência. Seja como produtor ou consumidor, vale a pena conferir o que ela tem a dizer.
A era do fazer
Precisamos tirar do papel as ideias e realmente colocar a mão na massa. Agir. Precisamos nos reinventar. Seja para passar as horas em casa, seja para não cair em uma crise nervosa ou ser sufocado pelo novo formato de consumo. Estamos vendo e vivendo muitas mudanças. Estamos vendo a aceleração do varejo, o crescimento do mercado online, de plataformas de aulas online, de trabalho em home office. Onde nos encaixamos nisso tudo? Onde estamos com todas as mudanças? E para onde vamos quando tudo isso passar?
A pandemia estava chegando. Era possível acompanhar nos jornais. Os transtornos causados em outros países estavam estampados em blogs e programas de TV. Mas só entendemos de fato as mudanças que ela traria quando ouvimos que o primeiro caso foi registrado no Brasil. Foi aí que CPFs e CNPJs se viram num mesmo barco. Precisamos fazer alguma coisa. Mas o que, de fato, faremos? Como seremos atingidos?
Nessa hora, as marcas precisaram mostrar suas verdades. De que lado realmente estão? Em que acreditam? O papel da agência no início de tudo isso foi fundamental. Foi preciso acalmar os ânimos, segurar uma barra desconhecida até então. O aprendizado veio junto com a evolução – um processo de amadurecimento em conjunto. Agência e clientes olhando para o todo e para cada processo. Aprendendo. Buscando soluções práticas. Fazendo!
Nesse início a busca pelo fazer foi constante. Fazer o novo, fazer para dar continuidade ao que havia sido planejado, projetado para o ano de 2020. Fazer muitas vezes o que nunca havia sido pensado, sair da rotina, sair da zona de conforto. Somar, dividir, descobrir a matemática perfeita para que tudo encontrasse seu caminho.
Mudanças que fizeram todo mundo mudar
Muita coisa mudou de março pra cá. O perfil do consumidor evoluiu. Foi necessário se abrir para o novo. Enxergar além. Além de mim, além do que estávamos acostumados a fazer, além do outro, além da concorrência, além do meu cliente, do meu público, das minhas personas. Com quem converso agora? Com consumidores? Não, com seres humanos em transformação, nervosos, com medo, com necessidades desconhecidas até o momento.
Marcas que tiveram esse olhar humano sobreviveram ao início de uma nova era. Ganharam não clientes novos, mas admiradores novos. Marcas que tiveram coragem de tomar a frente e dizer: estamos juntos nessa! Estamos todos aprendendo e evoluindo. Estas se destacaram. Por outro lado, marcas que, por apenas um segundo, pensaram em tirar vantagem da situação, foram vistas, criticadas e julgadas. Os clientes estão atentos, criteriosos, apesar de isolados, estão mais conectados do que nunca.
Mais distância, mais conexão
Essa enxurrada de conexão chegou meio sem avisar. E fez a gente se abrir. E foi preciso se abrir literalmente para o novo. Abrir a câmera do celular, seja como única forma de matar a saudade de amigos e familiares, seja para as incontáveis reuniões de trabalho. Abrimos além das lentes, nossas casas, nosso quarto, sala, cozinha, porque tudo foi meio que virando nosso novo local de trabalho e fomos aos poucos virando tudo isso. O particular e o profissional se misturando. Mostramos nossas famílias, nossos bichos de estimação. Uma abertura em lente grande angular da vida particular. Nunca estivemos tão afastados fisicamente e tão próximos online.
Ao meu olhar, a construção desse novo “nós” deve ser gradativa. Tanto na vida pessoal, quanto para as marcas. Gradativa e criativa – e o maior desafio é o de transformar mudança em evolução. Quando decidimos mudar, passamos por um longo processo, e toda evolução pede constância. É assim que ocorre, de fato, a permanência no novo. O que mudamos e evoluímos com a pandemia deve perdurar no pós-pandemia. Quantos de nós e quantas marcas conseguirão, de fato, atingir essa evolução plena?
Esse trabalho é constante. Mas se as novas estratégias foram pautadas e seguidas com verdade e humanidade, está tudo encaminhado para quando tudo isso passar.
Esse texto foi escrito pela Lóren, Mídia aqui na Agência Incomum. Quer saber mais sobre as nossas reflexões e experiências com a pandemia? Dá uma olhada no post que fala como auxiliamos os nossos clientes varejistas em meio a todas essas mudanças.