Não tem como criar um conceito de marca sem um complexo processo de descoberta ou redescoberta da essência do produto, serviço ou empresa que está sendo representada.
Quer dizer, até tem. Mas quando isso é feito sem o devido cuidado, corre-se o risco de criar um conceito sem brilho, desconexo da marca que deveria retratar.
Neste post, vamos compartilhar a nossa visão sobre como deve ser conduzida a criação de um conceito de marca. Siga em frente e boa leitura!
Como criar um conceito de marca?
O jargão da publicidade e da comunicação tem alguns termos que às vezes confundem até quem trabalha na área.
Até já criamos um post no nosso blog para descomplicar alguns desses termos.
Só que tem alguns casos que o termo expressa algo bastante subjetivo, cuja definição pode variar até mesmo de agência para agência.
Aqui na Incomum, por exemplo, temos uma noção de conceito de marca muito própria. É por isso que, antes de explicar como criar um, vamos esclarecer o que isso significa na nossa visão.
O que é conceito de marca?
Conceito de marca é a expressão da identidade e do propósito de uma empresa ou produto. É a tradução em palavras do que a marca representa, da sua promessa de valor aos consumidores e de como deseja ser percebida.
O conceito de marca vai além do logotipo e do nome, incorporando valores, cultura e experiências únicas que conectam emocionalmente os clientes à marca.
Enfim, é a narrativa — condensada em uma frase — que encapsula a alma e o valor distintivo que tornam uma marca única e memorável.
Por que a sua marca precisa de um conceito?
A resposta mais óbvia é que um bom conceito ajuda muito na percepção da marca pelo seu público-alvo.
Afinal, ele realça a conexão emocional do produto ou empresa com os consumidores, dá consistência às ações de comunicação, reforça os diferenciais da marca e gera confiança e credibilidade.
Mas tem outro fator, do qual pouca gente fala: um bom conceito de marca cativa, em primeiro lugar, o público interno da empresa.
Quando as pessoas identificam com clareza a essência da organização onde trabalham e o propósito do serviço que desempenham, a marca se fortalece e isso acaba transparecendo para o público externo.
Passos para criar um conceito de marca
Criar um conceito de marca não é como seguir uma receita de bolo, é claro.
Mas tem uma ordem de etapas que a gente acha importante respeitar. Primeiro aprendemos: escutando, perguntando e escutando ainda mais. Depois é que vem a parte criativa.
Entenda um pouco melhor:
1. Faça um diagnóstico
O diagnóstico é um processo que vai gerar a base necessária para a criação do conceito.
É uma fase de coleta de dados, quando se estuda a percepção dos líderes, colaboradores e clientes. Se investiga a cadeia produtiva, os fornecedores e concorrentes.
Há várias técnicas e ferramentas que podem ser aplicadas na etapa de diagnóstico, como entrevistas em profundidade, vivência de mercado, cliente oculto e pesquisas diversas.
2. Entenda a essência da marca
Depois do diagnóstico, que funciona como uma sessão de terapia empresarial, temos uma ideia do que a empresa pretendia ser, o que ela acha que é hoje e o que se tornou de fato.
O conceito deve surgir dessa complexa mistura entre as aspirações dos fundadores e a realidade prática de uma marca que já está posicionada no mercado.
Se estivermos falando de uma marca nova, que está sendo criada, é um pouco diferente, pois não há uma história e identidade preexistentes.
Ainda assim, é importante submeter os empreendedores a um processo de autodescoberta para identificar a essência da marca que estão fundando.
3. Traduza a essência em um conceito
Agora vem a parte que alguns clientes que enxergam como “mágica”, mas que só é possível porque houve um cuidadoso processo de investigação e reflexão antes.
Além da criatividade, uma agência de publicidade precisa de muita sensibilidade para criar um conceito que encanta não pelo valor em si, mas também pela conexão com o que a marca realmente representa.
No caso da Incomum, entregamos o conceito na forma de pilares conceituais, conceito verbal, identidade verbal e identidade visual.
Exemplos de conceito de marca
Aqui no blog da Incomum, gostamos de compartilhar cases de posicionamento ou reposicionamento de marca que resultaram na criação de conceitos e ações.
Veja alguns exemplos:
- Conceito de marca no agronegócio: traduzindo a relevância da consultoria Safras & Cifras para o agronegócio brasileiro, um setor-chave na economia do país, criamos o conceito “Trabalhando por um Brasil que produz”. Saiba mais lendo este post.
- Conceito de marca no setor alimentício: entendendo que o arroz é um alimento especial entre os brasileiros, criamos o conceito “Sabor se faz com o coração” para nortear a comunicação da Nelson Wendt Alimentos. Saiba mais lendo este post.
- Conceito de marca no mercado financeiro: para provocar o público a sair da zona de conforto e romper a tradição de investir em bancos tradicionais, criamos o conceito “Novas atitudes para novos resultados” para a GX Investimentos. Saiba mais lendo este post.
Quando vale a pena reposicionar a sua marca?
Como já deve ter ficado claro ao longo deste post, a criação de um conceito vale tanto para marcas novas quanto para aquelas que já estão há um bom tempo no mercado.
Mesmo empresas mais longevas podem identificar a necessidade de um reposicionamento de marca, especialmente quando enfrentam o que chamamos de dores do crescimento.
É uma fase em que a essência da organização fica um pouco difusa e até mesmo o público interno tem dificuldade em reconhecer os seus valores fundamentais.
Quando isso se perde no crescimento, a marca pode perder sua autenticidade e capacidade de se conectar com os clientes e funcionários.
Nesse cenário, o reposicionamento é uma oportunidade de reafirmar o propósito da empresa, revitalizar a cultura interna e alinhar a marca com sua verdadeira identidade. Quer descobrir como? A Incomum tem uma metodologia própria para isso. Entre em contato com a gente para saber mais!