Chega a sua vez na fila do fast-food. Você faz o pedido, paga, dá uns passos para o lado e já tem o lanche em mãos. Para ter toda essa praticidade e velocidade, sabemos que é preciso sacrificar alguma coisa: a qualidade do alimento e a própria saúde.
Existe aqui um paralelo muito interessante com a estratégia de comunicação de uma marca: as soluções apressadas não levam aos melhores resultados.
Mas se você pode iniciar uma dieta depois de comer um hambúrguer com fritas, não é tão simples assim recuperar a saúde de uma marca.
Por que falar disso? Há ferramentas de marketing digital que permitem que as empresas se comuniquem com o público de uma forma tão fácil, rápida e barata quanto almoçar um sanduíche. Mas elas podem estar sacrificando o que têm de mais importante: sua marca.
A seguir, explicamos por que um bom trabalho de comunicação estratégia ainda demanda tempo e bastante fator humano.
1) Aumentaram as possibilidades e surgiram novos processos
Existem cada vez mais ferramentas de automação de marketing que têm a finalidade de tornar a rotina dos profissionais da comunicação e marketing mais produtiva e eficiente.
Ao mesmo tempo, porém, a complexidade do trabalho aumentou. “As ferramentas realmente facilitaram algumas coisas, nos trouxeram inteligência de dados. Mas é fantasioso pensar que elas aceleraram nosso trabalho”, opina Ana Paula Bachiega, sócia da agência Incomum.
2) Não está tudo mastigadinho
Ao primeiro olhar as ferramentas de automação de marketing reduziram o tempo gasto com o trabalho operacional de buscar e organizar informações e coletar números.
Por outro lado, todos os dados, métricas e indicadores gerados precisam ser analisados. O que eles dizem e qual a sua relevância dentro da estratégia da empresa? Isso deve ser feito. E não é rápido como no fast-food.
“Você tem a inteligência dos dados, mas a ferramenta não foi customizada para determinada empresa. É preciso adaptá-la à realidade e à estratégia do cliente, o que demanda o fator humano e, às vezes, muita bateção de cabeça”, acrescenta Bachiega.
3) As ferramentas são parte da estratégia, e não a estratégia
Você pode comer um hambúrguer e ser uma pessoa saudável ou ter almoçado uma salada e ter hábitos alimentares péssimos. O que vale não é a última refeição, mas o todo: a sua relação com a comida e os nutrientes e calorias que ingere no decorrer do tempo.
Assim como utilizar as melhores ferramentas de automação de marketing não é igual a ter as melhores práticas de comunicação. É preciso ter um propósito claro (como ser mais saudável ou emagrecer) e criar hábitos para praticar diariamente a estratégia definida.
Dentro disso, as ferramentas de marketing digital ajudam bastante, mas não fazem nada sozinhas. Assim como uma esteira para corrida ajuda a perder peso, mas só se você usá-la com frequência e se alimentar melhor.
4) Estratégia precisa de tempo
A Incomum faz comunicação estratégica. Não é pegar o primeiro briefing e sair fazendo qualquer coisa. A gente para, escuta, se coloca no lugar do outro, reflete, escuta mais um pouco, duvida, estuda, reflete de novo, redescobre e aí começa a testar e validar hipóteses.
A partir desse nosso jeito de ser, criamos o Plano Incomum, uma metodologia própria para o posicionamento de marcas composta por quatro etapas: diagnóstico, conceito, rotas e decolagem.
Conhecer o mercado, o cliente, suas necessidades, diferenciais, fraquezas e público consumidor demanda tempo. Gostaríamos de identificar o espaço que a marca pode ocupar no mercado e a mensagem que deve ser transmitida de um dia para o outro, mas não é assim que funciona.
“Eu acredito que fazer as coisas com calma é uma forma de respeito e carinho com a própria marca. Leva um tempo para se envolver, debater e gerar caminhos”, conclui Ana Bachiega.
Precisamos dessa fase de observação, leitura e escuta. Precisamos de tempo — mas é um tempo que vale a pena esperar.
Afinal, você é o que você come e sua marca também. Será que ela merece viver de fast-food?
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