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Um dos termos da moda na internet, que tem mudado as relações sociais e de trabalho nas empresas modernas, é o empoderamento feminino. Essa campanha, baseada no feminismo, tem como objetivo reduzir ou extinguir a diferença de direitos entre homens e mulheres e, principalmente, torná-las donas de suas próprias vidas, minimizando a dependência da figura masculina.
Com certeza, você já ouviu falar sobre isso, mas talvez não tenha percebido o enorme impacto que esse movimento pode causar no crescimento e desenvolvimento das empresas. Por isso, saiba mais sobre o empoderamento das mulheres e descubra a relação direta que ele tem com o empreendedorismo!
O que é empoderamento feminino?
Baseado em sete princípios definidos pela ONU, ele deseja criar um ambiente em que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de crescimento profissional que os homens. A ideia original é que, com essas ações, se torne mais natural ver líderes do sexo feminino em posições de destaque, tanto nas empresas quanto na política.
Uma mulher que tem uma carreira bem-sucedida não depende economicamente do homem, aumentando assim o poder de decisão sobre quais rumos tomar para a sua vida. Essa independência econômica pode ser vital para reduzir problemas que assolam mulheres em todo o mundo, como a violência doméstica.
Além disso, a campanha pelo empoderamento feminino também se faz necessária pelo preconceito já existente nas empresas, que, em geral, preferem colaboradores do sexo masculino para cargos de chefia, impedindo o avanço profissional das mulheres.
Por que ele é necessário no mercado?
Se tivermos como base o fato de que homens e mulheres são diferentes, devido à carga biológica de cada um, já temos um motivo importante para o aumento de oportunidades a mulheres nos cargos mais altos. O fato é que cada tipo de profissional reagirá de forma diferente nas situações, fazendo com que a multiplicidade de funcionários ajude a empresa a pensar em soluções diferenciadas para os problemas.
Caso isso não baste, um dado interessante vem à tona: em geral, as mulheres possuem escolaridade maior que os homens. No Brasil, elas já representam 60% dos concluintes de cursos superiores. Em um país com tanta carência de mão de obra especializada, valorizar o trabalho feminino é uma ótima forma de preencher vagas em aberto. Um detalhe: mesmo assim eles ainda ganham, em média, 17% a mais que mulheres com a mesma faixa etária e mesmo nível de instrução.
Qual a importância do empreendedorismo para as mulheres?
Em um cenário profissional em que as empresas não valorizam o trabalho de um dos gêneros de forma justa e as oportunidades de ascensão na carreira são limitadas, o empreendedorismo se torna uma ferramenta importante para que elas consigam alçar novos voos no trabalho.
Com um mínimo de empatia já podemos perceber que pode ser muito frustrante para uma funcionária ambiciosa se dedicar completamente ao trabalho e ver homens sendo preteridos para os cargos altos que ela almeja. Por isso, o empreendedorismo surge como uma luz no fim do túnel.
Quando ela é dona do próprio negócio, o crescimento econômico e profissional depende só dos esforços dela, e não só de decisões de homens com pensamento conservador.
Seja abrindo sua própria empresa ou trabalhando em um negócio menor que segue os princípios inovadores de empreendedorismo, a mulher ganha à possibilidade de retomar o controle de sua trajetória. Além disso, ela tenderá a contratar mulheres para trabalhar em sua empresa, criando uma comunidade de empoderamento feminino e colaborando com o desenvolvimento socioeconômico da sociedade.
Como o empreendedorismo se beneficia?
Imaginar como o empreendedorismo se beneficia do movimento do empoderamento feminino não é muito difícil. Para isso, contamos com dois cenários proeminentes: o do papel da mulher como empreendedora e o da empresa que atua de forma a valorizar o trabalho de suas funcionárias.
Segundo o Sebrae, o Brasil contava com 7,3 milhões de mulheres empreendedoras em 2015, um número que cresceu mais de 10% em relação a última década. A grande maioria delas está em micro e pequenas empresas, mas o empoderamento as coloca em condições melhores para fazer esses negócios crescerem.
Quando uma mulher consegue colocar seu negócio em boa posição, ganhando destaque como média e grande empresa, ela se torna modelo para outras mulheres, criando um círculo virtuoso de inspiração, transformando a comunidade em que se insere e criando redes de networking entre mulheres que desejam se aprofundar no empreendedorismo.
Como praticar o empoderamento na sua empresa?
Outro lado bastante positivo do empoderamento feminino para os negócios é que as empresas que derem oportunidades iguais aos funcionários, independentemente do gênero, têm grandes chances de atrair e reter essa mão de obra extremamente qualificada que foge de empresas tradicionais.
Para quem se interessar em agir dessa forma, a ONU desenvolveu uma cartilha que explica passo a passo como implantar o empoderamento feminino em uma empresa. De maneira simplificada, os passos são:
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Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, que, em outras palavras, significa romper quaisquer barreiras invisíveis que impeçam mulheres de conseguir cargos de liderança em sua empresa.
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Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho. Ou seja, abandonar toda e qualquer forma de discriminação por gênero no ambiente profissional e, mais especificamente, promover a igualdade de salários.
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Garantir a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras. Em um ambiente empreendedor que se diz a favor do empoderamento feminino não pode haver espaço para nenhum tipo de violência, seja ela física, sexual ou até mesmo psicológica.
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Incentivar a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres. Nem todo mundo tem acesso à educação superior e não é raro que elas tenham mais dificuldade de obter um bom nível de instrução, especialmente em situações de criação conservadora. Esse princípio estabelece o incentivo à capacitação como forma de empoderamento e ampliação de oportunidades no mercado de trabalho.
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Executar o desenvolvimento empresarial e as ações da cadeia de abastecimento e de marketing que empoderem as mulheres. Para colaborar com a igualdade de gênero, não basta ter uma empresa que incentiva o crescimento das mulheres. Também é preciso representá-las de forma digna em propagandas, respeitando sua imagem e evitando que a estratégia de marketing não tenha bons resultados.
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Promover a igualdade por meio de iniciativas e defesa comunitária. Ou seja, a ONU chama as empresas para fazerem ações que vão além de suas dependências e tenham impactos na sociedade, como reconhecer líderes femininas locais.
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Mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de gênero, ou, em outras palavras, dar o exemplo. Quando uma empresa divulga uma mudança de posicionamento para ser mais inclusiva, ela incita uma movimentação da sociedade ao seu redor, fazendo com que outros empreendimentos sejam incentivados a agir da mesma forma.
Quando um empreendedor faz do empoderamento feminino e igualdade de gênero uma prioridade, ele está tomando a frente de um movimento transformador na sociedade em que se insere e motiva seus profissionais a darem o melhor de si nas tarefas diárias. Além disso, está agindo como um verdadeiro líder, buscando inovação e excelência da forma que acha certo, não seguindo cegamente regras ultrapassadas do mercado patriarcal.
E você, tem mais ideias de como o empoderamento feminino pode colaborar com o empreendedorismo? Deixe seu comentário neste post!