Com uma coisa nós todos podemos concordar: 2020 foi um ano característico, para dizer o mínimo. E não importa o que de fato aconteça nos próximos 12 meses, todos nós podemos apreciar a mudança de ciclo em um período que será descrito com muitos detalhes nos livros de história.

É impossível não criar expectativas. Para a Incomum, a aposta é de um 2021 com muita reflexão. Seja para contemplar a virada para um novo momento ou celebrar o retorno de tudo o que sentimos falta, vamos precisar achar um jeito de manter a cabeça no lugar. E é para ajudar com isso que criamos a nossa playlist.

Você pode conferir as músicas escolhidas até agora aqui embaixo. Essa lista vai crescer durante o ano. A cada lançamento, nós falaremos sobre a nova canção na nossa newsletter. Por isso, se você ainda não está cadastrado para receber as novidades da Incomum, é melhor assinar agora mesmo.

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Não temos pertences, apenas bagagens. É assim que Jorge Drexler canta sobre a natureza humana em “Movimiento”. Podemos pensar em pertencimento, e em como muitas vezes procuramos por algo ou alguém que nos faça sentir completos. A obra nos traz esse contraponto: talvez nunca seremos, apenas estaremos. Um estar passageiro, enquanto continuamos encontrando e construindo nossa história. 

Se for a sua primeira vez ouvindo, talvez você se disponha a realizar o exercício proposto por Oswaldo Montenegro em “A lista”. No entanto, conforme os versos são cantados, fica mais na cara a mensagem. É uma lição agridoce. Em parte, sobre as expectativas que criamos sobre nós mesmos, nossas relações e sentimentos. Em outra, sobre como podemos tratar com leveza ideias ou opiniões que parecem imutáveis, escritas em pedra. 

Sem essa de bens materiais ou padrões de beleza. Segundo a obra composta por Arnaldo Baptista e Rita Lee, pouco importam os estímulos externos quando tudo o que precisamos para ser feliz está dentro da nossa própria cabeça. Talvez não dar ouvidos ao que os outros dizem possa ser loucura. Mas há quem jure que é melhor não ser o normal. 

Não importa se o que nos faz sentir parados é ansiedade pelo futuro ou arrependimento pelo passado. A mensagem da canção é tão irredutível quanto ampla: o show precisa continuar. Você não seria capaz de listar todas as vezes em que pensou não ser capaz de algo. Mas, de alguma forma, você está aí, firme e forte. Tente lembrar disso da próxima vez que se sentir assim. 

A letra fala sobre a motivação para viver um dia de cada vez, sem deixar o medo e a incerteza no controle. Não importa o que o amanhã trará, o importante é estar presente. O ano de 2020 acabou, mas alguns desafios não foram embora com a virada da página do calendário. No entanto, não há nada de errado em levantar a cabeça para superar o que já passou e viver o que ainda está por vir. É essa a reflexão que essa música traz pra gente. Apesar desse momento estranho para criar planos, metas e expectativas, precisamos estar cientes, ativos, atentos. Se tudo parece meio perdido, aproveite essa virada de chave para mudar as coisas que estão ao seu alcance. 

Em um ritmo gostoso de forró, a letra é como se fosse uma prece. Pede para que nos proteja das situações onde fazemos pouco caso de nós mesmos. “Caminho se conhece andando, então de vez em quando é bom se perder”. Somos fortes. Já passamos por muita coisa, e vamos sair dessa também. 

Nas Olimpíadas da pandemia, repleta de incertezas, Rebeca Andrade quebrou barreiras e foi a primeira atleta a trazer duas medalhas para casa. Ao som de “Baile de Favela”, ela superou lesões, cirurgias e processos de recuperação para chegar ao pódio. Duas vezes. Além de levar para Tóquio a alegria e a cultura que só o povo brasileiro tem. Se funk é ou não a sua praia, não importa. Agora, essa batida vai estar sempre marcada nos nossos corações.

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