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Mande sua marca para terapia. Esse é o convite que o Cuca, diretor e fundador da Agência Incomum, faz aos empresários e gestores de marketing.
É tipo a crise dos quarenta. Só que nas empresas, ela pode vir mais cedo, pelos 20. É bom que venha. Você olha para trás e vê que até construiu algo, mas não tem muita certeza do quê. Olha pra dentro e percebe que sua equipe não enxerga a mesma coisa, nem que você, nem entre ela mesma. As pessoas trabalham cada uma por si, sem clareza no destino, sem clareza no caminho. Aí, você olha para fora e se dá conta que seus clientes e fornecedores não sabem bem quem é sua marca, no que ela difere das demais. É tudo meio a mesma coisa.
Meu amigo, seja bem-vindo à questão primordial da existência humana: o que somos e para onde vamos?
Tá bom, a resposta também não é tão complexa assim e faz parte do be-a-bá da administração e do marketing. Se lembra do planejamento estratégico? Aquele que você deixou para depois ou fez e jogou em uma gaveta? “Aquela tremenda perda de tempo que um consultor empurrou pra você?” O planejamento estratégico é importantíssimo, mas precisa de muita dedicação e disciplina. Por isso, na maioria dos casos, não sai papel.
Como fazer, então, para alinhar seus objetivos, direcionar o rumo e comunicar corretamente a identidade de sua marca de uma forma menos traumática, que não exija meses de dedicação exclusiva e quase quebre seu negócio por causa disso? Existem diversas ferramentas mais modernas, práticas e conjuntas de levantar dados, planejar e desempenhar ações coordenadas para sua empresa, dentro do que se chama de comunicação estratégica empresarial. De acordo com as características de seu negócio, se bem aplicadas, diversas delas podem ser utilizadas com eficiência.
Dentro do Plano Incomum — metodologia própria da agência que é ponto inicial para a comunicação estratégica dos clientes e muito mais prática e indolor que no planejamento estratégico — a primeira etapa é o diagnóstico. Nele, diversos métodos investigativos podem utilizados para descobrir como a empresa é percebida por seus públicos e por seus líderes, quais são seus valores, as verdades e os equívocos; “qual é a sua, afinal”.
Desde jornadas de consumo, passando por matriz CSD, práticas de Design Thinking, até uma ampla pesquisa de mercado, o processo de diagnóstico vai se complementando e formando um raio-X perfeito daquele ser quase humano, que só não o é pois possui um CNPJ ao invés de CPF. A empresa se mostra um organismo vivo e a palavra “diagnóstico” fica cada vez mais próxima da que escutamos em um consultório médico, com direito a cliente despido em frente ao médico, inclusive. Nunca houve tanta proximidade entre duas empresas. Até mesmo os malfeitos, escondidos e esquecidos, vêm à tona. Viramos íntimos e nada mais importa senão a verdade.
Isso sem falar que todo o processo, nas etapas realizadas em conjunto com o cliente, é bastante lúdico, bem longe das exaustivas reuniões de rotina. O empresário e seus líderes gestores adoram esses momentos. É quando fazem algo diferente, pensam a empresa por outros ângulos, exercitam suas habilidades críticas, inclusive sobre eles mesmos.
Ao término do processo, quando se apresenta as informações colhidas, analisadas e concluídas, a receptividade é total. É como se alguém tivesse lhes devolvido a visão e todos, enfim, conseguissem enxergar a mesma coisa; aquilo que estava ali desde sempre e ninguém via, a verdade nua e crua, simples e inequívoca. É recompensador! Desse momento em diante, abre-se um caminho muito mais firme e direto para a segunda etapa do Plano Incomum, que é a conceituação. Afinal, já se descobriu tudo que se precisava. O conceito vem fácil, redondo, e a aprovação se torna um beijo consentido e esperado, vindo de alguém que se deseja.
Estamos vivendo uma época em que as marcas foram elevadas a uma categoria onde nunca estiveram. Se antes nos baseávamos no “o quê”, depois no “como” e, mais recentemente no “por quê”, para desenvolvermos nossos produtos e marcas, intuiu dizer que estamos entrando na era do “quem” (já tem algum livro sobre isso?) Afinal, as mídias sociais abriram o caminho para um contato muito mais íntimo entre as pessoas e as marcas. Hoje, viramos fãs delas. Já reparou? Damos curtidas, batemos um papo, e o boca a boca virou uma setinha virada para o lado, ao alcance de um dedo.
Pense bem: uma marca é como uma pessoa. Ela tem corpo e tem alma. Ela conversa, se comporta, interage e impacta nas nossas vidas. Mas ela também passa por crises. E quando isso acontece, é preciso mandá-la para a terapia.
Diariamente olhamos as marcas e como elas se comportam e para guiá-las dentro de um posicionamento único e verdadeiro, criamos a Metodologia Plano Incomum.