|
No dia 23 de junho, o mundo acompanhava uma votação histórica que acontecia para decidir sobre a saída ou a permanência do Reino Unido dentro da União Europeia. Uma decisão que poderia afetar, dentre outras coisas, a definição sobre quem faz parte desse grupo em diversas enciclopédias impressas e até digitais, como a Wikipédia, que depende da boa vontade de diversos usuários e da Inteligência Coletiva para manter seus verbetes sempre atualizados e (na medida do possível) corretos.
Mas o que seria esse conceito de Inteligência Coletiva? Criado pelo filosofo e sociólogo Pierre Lévy, esse termo é usado para definir alguns movimentos de colaboração que têm se tornado cada vez mais comuns com o uso da internet e têm também afetado até mesmo a maneira como compramos nossos produtos online.
Ficou interessado em saber mais sobre esse tema e como ele pode ajudar os seus negócios? Então, confira!
A ideia de Inteligência Coletiva
Lançado em 1997, o livro “Collective Intelligence: Mankind’s Emerging World in Cyberspace”, escrito por Pierre Lévy, foi o primeiro a abordar a ideia de Inteligência Coletiva em relação à web e mostrar como ela poderia ser usada dentro do ciberespaço da internet por pessoas, instituições e até empresas.
Mas antes de ver como seria esse uso, vamos entender melhor a Inteligência Coletiva.
A ideia de Lévy é que todos os indivíduos têm a sua própria inteligência, acumulada com o tempo e com suas experiências. Só que essa inteligência não fica guardada apenas para a própria pessoa, ela sempre acabava sendo usada em relações sociais e até mesmo na produção de um bem comum para alguns grupos, maiores ou menores.
E aí, com a chegada e a popularização da internet, foi ficando cada vez mais fácil direcionar os conhecimentos de dezenas, centenas, milhões de pessoas — como acontece na já citada Wikipédia — e realizar a troca de ideias entre elas, gerando assim esse senso de inteligência coletiva muito importante para a sociedade.
Democratizando e divulgando o conhecimento
Ainda de acordo com o livro, o autor diz que a Inteligência Coletiva seria “uma inteligência distribuída por toda parte” que resultaria “em uma mobilização efetiva das competências”. Resumindo: é um tipo de conhecimento sem restrição de acesso que seria o resultado da mobilização orgânica das pessoas em espalhar aquilo que elas sabem para as demais.
Algo que, como dá para imaginar, não demorou muito para começar a ser usado tanto pelas novas mídias quanto pelos modelos de negócio online.
O uso da Inteligência Coletiva na imprensa e no mercado digital
Uma pesquisa publicada em 2015 pelo pessoal do Moz — uma das maiores referências de inteligência digital no mundo — nos mostrou que 67% dos consumidores se sentem mais inclinados a realizar uma compra online depois de ver uma resenha positiva de outra pessoa sobre um determinado serviço ou produto.
Algo que faz com que cada vez mais empresas disponibilizem um espaço para resenhas em suas próprias lojas virtuais, e que só funciona por causa do conceito de Inteligência Coletiva em que os usuários se sentem impelidos a dizer o que sabem sobre aquele item.
Podemos dizer o mesmo sobre grandes nomes do mundo digital, como o BuzzFeed, o YouTube e o próprio Facebook, que se mantêm por causa da criação de conteúdo dos próprios usuários — cada um em uma escala diferente.
Ou seja, como você viu aqui, a ideia de Inteligência Coletiva é algo que já faz parte do nosso universo há muito tempo e agora já tem feito a diferença até mesmo para o dia a dia de vários negócios. Por isso, não deixe de pensar nisso na hora de criar e planejar as ações da sua empresa — principalmente na web.
Aprendeu com o nosso post? Então, espalhe essa mensagem para mais pessoas por meio das suas redes sociais.