A era da empresa humanizada

A empresa humanizada é a que leva em consideração todas as dimensões do ser humano — tanto no público interno quanto externo. E a Incomum é uma dessas empresas.

O mundo não suporta mais empresas que tratam os funcionários como números.

Máquinas estão ficando cada vez mais espertas e independentes. Automação, inteligência artificial, machine learning? Tudo isso já é realidade. Até hoje, porém, nenhuma grande empresa conseguiu substituir todos os seus colaboradores por robôs — o que provavelmente nunca acontecerá.

Se a presença de pessoas é imprescindível para uma companhia existir, então por que falar em empresa humanizada não é uma redundância? Porque não estamos falando em “humano” como substantivo sinônimo de Homo sapiens, e sim como adjetivo que caracteriza quem tem compaixão, compreensão, gentileza, bondade… Enfim, que se preocupa com o outro.

O que é uma empresa humanizada?

O parto humanizado acontece quando a gestante é tratada com total empatia, participa ativamente das decisões e tem sua saúde emocional considerada prioridade. No mundo corporativo, a lógica é parecida. Todas as pessoas que compõem uma empresa humanizada são tratadas como essa mãe.

Tentando colocar de uma maneira objetiva, podemos dizer que uma empresa humanizada é aquela em que os líderes procuram:

– envolver todo mundo na tomada de decisão;

– cultivar relações justas e comunicação não violenta;

– promover a qualidade de vida;

– estimular o desenvolvimento e o crescimento de todos;

– fomentar um senso de coletividade e pertencimento.

Note que não incluímos remuneração justa e benefícios nessa lista. Porque esses fatores não são diferenciais, mas sim pré-requisitos.

“Uma empresa humanizada não é aquela que oferece plano de saúde ou que acolhe um funcionário que está em uma situação difícil. Para mim, isso é uma condição básica de trabalho”, opina Stela Nesello, sócia e diretora da Incomum.

Para Stela, a empresa humanizada é a que leva em consideração todas as dimensões do ser humano — tanto no público interno quanto externo. E a Incomum é uma dessas empresas.

Na agência, todos se sentem à vontade para dialogar e expor seu ponto de vista e são raros os casos em que alguém fica trabalhando além de seu horário (ao contrário do que é praxe no ramo da publicidade). “Quando isso começa a acontecer com certa frequência é sinal que precisamos tomar providências”, afirma Stela.

Ariel Cardozo é redator na Agência Incomum e coloca o seu ponto de vista sobre o assunto e sua rotina diária: “A maior diferença que eu senti no jeito Incomum de se trabalhar é na maneira com que os meus impulsos negativos acabam sendo inibidos. Nós ficamos boa parte do nosso dia no mesmo lugar e com as mesmas pessoas, é normal que existam frustrações, pessoais ou profissionais, e que isso seja percebido e potencialmente contamine outras pessoas. Mas daí tu olhas para o lado e vê que o colega tá dando o máximo, ou troca uma ideia com o líder e vê que ele quer mesmo ajudar. Tu empatizas com os problemas deles e as cobranças que eles recebem. E eu internalizei isso, eu acho. Por isso que eu acredito que se perpetue. A pessoa que se sentir frustrada e olhar pra mim vai me encontrar focado em concluir minha tarefa. E, ao que tudo indica, também vai se motivar.” 

Isso tudo está no DNA da empresa, faz parte do jeito Incomum de ser. E a mesma postura é levada aos clientes na hora de realizar o trabalho de comunicação estratégica. É como se fosse uma corrente do bem, em que um estimula o outro a explorar seu lado mais humano.

Na sua comunicação, as empresas humanizadas costumam chamar seus empregados de colaboradores, não de funcionários. Esse fato por si só já ajuda a compreender seu mindset.

Porque a palavra funcionário remete a uma pessoa que recebe um salário para realizar determinado serviço. Simples e prático, não? Pode ser, mas essa é uma visão que reforça o comportamento “cada um no seu quadrado”.

As empresas humanizadas tentam derrubar essa ideia e funcionar de maneira mais colaborativa, com envolvimento e engajamento verdadeiros do empregado com os desafios e oportunidades com os quais a organização se depara. Aliás, “empregado” é outro termo que não vem representando bem esse novo pensamento.

Aí que surge o termo colaborador: alguém que colabora, guiando-se pelo propósito da empresa em vez de se limitar ao seu job description.

Para chegar a esse patamar, o primeiro passo não é buscar a contratação de profissionais com esse perfil, mas sim transformar a cultura organizacional, criando um ambiente em que os funcionários se sintam estimulados e se comportarem como colaboradores. Mais adiante falaremos mais sobre isso.

O discurso sobre a necessidade de humanizar as companhias geralmente foca nos colaboradores. Mas outra característica das empresas humanizadas é que ela tem a mesma preocupação com os demais grupos de stakeholders.

Essa é a visão de Raj Sisodia, David Wolfe e Jag Sheth, autores do livro Empresas Humanizadas — Pessoas, Propósito e Performance, publicado no país pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil.

Podemos definir o stakeholder como uma parte interessada na empresa. Além de gestores e colaboradores, são stakeholders os fornecedores, parceiros, acionistas, clientes, sindicatos, ONGs e poder público, apenas para citar alguns.

De acordo com os autores do livro, a empresa humanizada considera as vontades e necessidades de todos os seus stakeholders, buscando o perfeito equilíbrio, sem que um grupo se beneficie em detrimento do outro.

“A empresa humanizada sabe que não é só seus colaboradores, fornecedores e seu mercado. Ela é a comunidade e os recursos naturais que está explorando e a consciência disso”, destaca Stela.

Como exemplo, o livro cita a escolha entre maiores salários para os empregados versus maiores lucros para os investidores versus preços mais baixos para os clientes. Em uma empresa humanizada, esse dilema não existe, pois o modelo de negócio já prevê o alinhamento de todos esses — e de outros tantos — interesses.

Se você entende a necessidade de humanizar sua empresa, o melhor caminho é incorporar as ideias de que falamos até aqui na cultura organizacional. Só que isso não acontece do dia para a noite; precisa de fluidez, naturalidade e sinceridade.

Não basta reescrever a missão, visão e os valores da empresa e comunicar a novidade aos colaboradores. Neste texto sobre propósito, falamos um pouco disso, em como reconstruir a identidade de uma marca de forma verdadeira.

O ponto de partida para criar uma empresa humanizada é ouvir o que os colaboradores têm a dizer. Crie espaços de diálogo horizontais entre pessoas de todas as áreas, sempre com a comunicação não violenta como norte.

Com o passar do tempo, a empresa reconhecida como humanizada começa a colher os frutos desse modelo aberto e colaborativo. Mas é um equívoco iniciar o processo pensando no resultado financeiro que ele pode trazer.

“Não devemos ter o objetivo de reconhecimento, mas sim uma consciência, uma postura. Assim, tudo acaba acontecendo de forma natural”, resume Stela, lembrando da velha dica que nunca perde a utilidade: “Faça a coisa certa mesmo quando ninguém estiver olhando”.

Ficou com alguma dúvida ou quer compartilhar sua opinião sobre as empresas humanizadas? Deixe um comentário abaixo. Se quiser entender por que a Incomum é uma empresa humanizada, entre em contato conosco.

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