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Qual o impacto do fim da contagem de curtidas no Instagram? O que muda na vida de marcas e da plataforma? A gestora de mídias sociais da Incomum explica.
Venho refletindo e buscando ler bastante sobre “o fim” (no desktop a gente ainda acessa) das curtidas no Instagram.
Acompanho diversos influenciadores que, acredito eu, são ainda mais afetados do que as marcas por essas mudanças. Eles precisam se vender e as curtidas (assim como o número de seguidores) era uma das métricas usadas para valorizar sua performance e relevância. Com isso, acabam perdendo um pouco de sua independência comercial perante a plataforma. As marcas precisarão se aprofundar mais no perfil do influenciador antes de eleger um para representá-la. Uma olhada rápida nas curtidas de seus últimos posts não vai resolver. E, depois da campanha no ar, o número de likes não vai mais dar a resposta que procuravam. Será que o Instagram está pensando também em intermediar as relações de merchandising ou está com medo de criar megainfluenciadores com tanta independência?
Mas por outro lado, curtidas sempre foram métricas de aparência. Temos um insistente trabalho de educação dos clientes nesse sentido. Dessa forma, nunca demos protagonismo ao dado. Sempre preferimos olhar pra comentários, conversas inbox, avaliações, directs e defini-los como métricas de qualidade. Na Incomum, vamos além com estratégias de inbound, de captação, de trazer o cliente pra um contato mais corpo a corpo. Sempre entendendo redes sociais como uma porta de entrada para um relacionamento de mais carinho e proximidade entre marcas e público.
Talvez por isso, sinto que a mudança implantada pelo Instagram não afeta muito a nossa rotina o quanto pode estar afetando algumas marcas e influenciadores. Imagino que vamos viver o momento em que essas interações de qualidade passarão a ser ainda mais observadas e possivelmente vão se transformar em um objetivo do mercado.
Que estejamos preparados. Que olhemos com cada vez mais carinho para a geração de conversas de qualidade com a audiência. Que entendamos que a produção de conteúdo impacta nesse relacionamento marca/pessoas diretamente.
Marina Barros
Gestora de Mídias Sociais da Incomum