Muito do que se diz por aí sobre as campanhas de divulgação de marcas e produtos online está equivocado. Conheça os principais mitos do marketing digital.
Ele é uma piada bastante conhecida no meio da publicidade e, com a difusão dos mitos do marketing digital, está de volta: o sobrinho. O jovem que tinha facilidade em “informática” e criava logotipos e anúncios para uma marca hoje equivale ao garoto que sabe tudo sobre internet e atualiza os perfis da empresa nas redes sociais.
A seguir, você vai compreender do que estamos falando. Vamos apresentar os principais mitos do marketing digital e explicar por que eles não são verdadeiros. Leia até o fim, porque provavelmente sua visão sobre o assunto vai mudar.
Na internet, esses espaços podem ser posts patrocinados no Facebook e a “compra” de palavras-chave no Google AdWords, entre outros canais. É verdade que é possível investir menos dinheiro nesses meios e ter um ótimo retorno. O problema é que esse não é o único custo de uma ação de marketing digital.
Na execução do plano de marketing digital, além do planejamento existe a produção do conteúdo, o acompanhamento da campanha, testes A/B, mensuração constante, criação de artes, programação de sistemas…
Tudo isso tem um custo, que vai muito além do simples pagamento para o Google, Facebook ou o que for em troca de um espaço de destaque. Afinal, do que adiantaria ter esse espaço sem ter o que dizer?
Mito Nº 2: Marketing digital eu faço sozinho
Voltemos à piada do sobrinho do diretor da empresa. Não é possível dedicar uma pessoa para pensar na estratégia da mensagem e deixar para o menino executar? Afinal, as ferramentas online são simples e intuitivas de mexer, não dão trabalho. De novo: se você quiser levar a coisa a sério, vai precisar de mais gente.
Para exemplificar, falemos do case da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Criamos uma campanha de marketing digital para promover o Vestibular de Inverno 2017 da instituição. Ela incluiu a criação de 2 personas, 11 segmentações, 56 conteúdos no blog, 10 materiais ricos, 45 campanhas de e-mail marketing e 13 reuniões com o cliente.
“Nós não faríamos isso sozinhos e o cliente não faria isso sozinho. Foi um trabalho em equipe“, ressalta Gisele Treptow, a Gigi, sócia e diretora de criação da Agência Incomum. O que houve foi uma divisão de tarefas, aproveitando os recursos humanos da UCPel para a criação dos conteúdos.
É claro que essa não é uma regra. A quantidade de pessoas envolvidas depende da complexidade do trabalho e do objetivo. O que podemos garantir é que uma campanha de marketing digital de grandes dimensões envolve bastante trabalho e muitas pessoas. No case da universidade, o resultado foi a captação de mil leads por semana.
Mito Nº 3: Dá trabalho só no início
Depois de construir a jangada, não basta empurrar ela para o mar e cruzar os braços, esperando que ela leve você até o destino pretendido. É preciso ficar o tempo todo ajustando a posição da vela de acordo com a direção do vento. Em uma campanha de marketing digital não é muito diferente.
O planejamento e a produção do conteúdo são etapas, de fato, bastante trabalhosas. Mas também deve haver um acompanhamento constante para se certificar de que tudo está ocorrendo conforme o esperado. E temos uma má notícia: muitas vezes isso não acontece. Nessa hipótese, em vez de se lamentar, é preciso agir com velocidade, repensando algumas ideias.
O legal é que todo esse aprendizado adquirido com a mensuração de números de cliques, acessos, tempo de permanência nas páginas, cadastros, etc., serve para conhecer melhor o comportamento do público-alvo. Assim, as próximas campanhas terão uma margem de erro cada vez menor.
Mito Nº 4: Marketing digital é rápido
Há quem pense que o resultado de uma campanha de marketing digital é imediato. Nem sempre. É verdade que as metas da campanha da UCPel foram superadas com poucos meses de planejamento e execução.
Mas conforme o tempo vai passando, o potencial completo do trabalho vai se revelando. Por exemplo, conseguimos iniciar um relacionamento com jovens que fariam vestibular apenas meio ano depois, no verão. Eis um ótimo exemplo de resultado a longo prazo.
E ainda terá insights interessantes. Como ao cruzar a taxa de visualização de um determinado produto com a de conversão (vendas). Se a relação está desfavorável para o segundo número, pode ser um sinal de que o interesse existe, mas o preço está impedindo um resultado melhor.
Mas veja que a conclusão do exemplo que acabamos de dar a ferramenta não faz por você. Primeiro, é preciso obter os valores das variáveis envolvidas, depois comparar com os números de outros produtos e então chegar na hipótese. Ou seja, não é porque você pode mensurar tudo que você terá todas as respostas. Também é muito importante interpretar o que a tela nos mostra.
Mito Nº 6: Marketing digital sempre dá resultado
O último dos seis principais mitos do marketing digital é a crença da garantia de sucesso. Ela não existe nem nas mídias tradicionais, nem no online. Afinal, estamos falando de vender um produto ou serviço, uma atividade que sempre envolve um risco, tanto nas grandes corporações quanto na carrocinha de cachorro-quente da esquina.
Uma venda pressupõe uma pessoa interessada na compra. A comunicação, digital ou não, preocupa-se em tornar o produto visível ao público-alvo. Esse público, porém, tem outras opções, então tomará a sua decisão com base em outros critérios, buscando o melhor custo-benefício para si.